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A transição da tradição oral para a escrita

A transição da tradição oral para a escrita

Sumário

A transição da tradição oral para a escrita

Dois momentos na história da humanidade foram marcantes para a forma como as pessoas se comunicam e divulgam as ideias: a transição oral para a escrita e a criação da prensa por Gutemberg.

A escrita é mais uma forma de nos manifestarmos e um modo de proteger a informação, pois permite que histórias sejam registradas e transmitidas de geração a geração em sua forma original.

Na realidade, a escrita foi um passo fundamental para a humanidade, por ser um registro de história, e também por representar uma possibilidade de ler e interpretar o mundo.

BAUSSIER, Sylvie. Pequena história da escrita: guia de leitura para o professor. São Paulo: SM, 2003, p.1.

O Ministério da Cultura da Grécia anunciou no ano de 2018 a descoberta por arqueólogos do país do registro mais antigo da Odissea, obra de Homero, que viveu há cerca de 3000 anos. A Odisseia é um poema extenso, transmitido oralmente desde o século VIII a.C. Há uma suposição de que a primeira versão escrita tenha sido produzida pelo menos 200 anos depois de sua criação. Desde então, inúmeras foram as traduções e cópias manuscritas para que a obra chegasse aos dias de hoje o mais fidedigna possível ao original.

Cabe ressaltar os relevantes estudos no campo da oralidade e da escrita desenvolvido por Walter Jackson Ong Vejamos um breve histórico sobre os impactos de seus estudos na transição da oralidade para a escrita.

Afinal, quem foi Walter Jackson Ong 

Walter Jackson Ong , nasceu em 30 de novembro de 1912 em Kansas City, em Missouri. E faleceu em 12 de agosto de 2003. aos 90 anos, em  Saint Louis, Missouri.

Foi um sacerdote norte-americano, membro da Companhia de Jesus, professor de literatura inglesa, filósofo, historiador nos campos cultural e religioso e um dos principais intelectuais do século XX. Desenvolveu relevantes estudos no campo da oralidade e escrita, investigando as mudanças culturais e psicológicas ocorridas na transição entre ambas. Em 1978, foi eleito presidente da Modern Language
Association of America. Foi criado como católico, mesmo seu pai sendo protestante, a religiosidade de sua mãe predominou. Walter Ong estudou ao longo de sua vida em escolas católicas e jesuítas se especializando em latim. mas também obtendo êxito em biologia e filosofia. Logrou o seu primeiro diploma universitário, em língua latina, aos 16 anos.

Quais foram as suas influências?

Walter J. Ong se utilizou de diversas fontes para os seus estudos e de cada uma retirou algo diferente para adicionar a seu trabalho, entre eles, a ideia do linguista e filósofo suíço Ferdinand de Saussure de que a escrita é um complemento do discurso oral. 

Henry Sweet, especialista em línguas germânicas, também contribuiu para o trabalho de Ong, com seus estudos sobre as palavras, que são feitas não por letras, mas por unidades sonoras ou fonemas. Ong também foi orientando de Marshall McLuhan na sua tese de mestrado sobre língua inglesa na Saint Louis University (SLU), em que ambos pesquisaram a respeito das operações mentais efetuadas na oralidade e na cultura escrita.

Interesses de estudo


Em seus aprimoramentos e estudos na área da comunicação, Walter Ong demonstrou grande interesse por assuntos relacionados a oralidade e a transição de culturas orais para culturas escritas além de um estudo sobre a importância da invenção do impresso e de uma posterior cultura eletrônica.

Principais obras de Walter Ong sobre a abordagem do campo da

Oralidade e da Escrita

  • Ramus: Método, e a decadência do Diálogo(1958)
  • A Presença da Palavra(1967)
  • Lutando pela Vida
  • Oralidade e Cultura Escrita(1982)

A invenção da prensa

A prensa foi inventada pelo alemão Johannes Gutenberg por volta de 1450, com base nas prensas de vinhos. A técnica de impressão já
existia na China e no Japão (acredita-se que desde o século VIII), ademais o método usado era diferente, chamado de “impressão em bloco” usando um bloco de madeira talhado, para imprimir uma página com determinado texto. Essa técnica era mais adequada para alfabetos

constituídos de vários ideogramas, possivelmente por esse motivo não foi tão difundido na China do século XI como na Europa, que possuía um alfabeto com limitados números de caracteres. Assim, com a prensa era possível copiar diversas páginas rapidamente, dispensando dessa forma a cópia manuscrita. Essa máquina causou uma verdadeira revolução na escrita e na leitura na Europa.

  • Fonte: Prensa móvel – Wikipédia, a enciclopédia livre
  • Fonte de consulta: Walter J. Ong – Wikipédia, a enciclopédia livre

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