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Desbravando os 500 “mares”

Desbravando os 500 "mares"

Desbravando os 500 “mares”

No corrente ano comemora-se os 5 séculos do nascimento do Épico Poeta Português, Luiz Vaz de Camões, que escreveu a magnífica obra-prima Literária: Os Lusíadas, considerada a Certidão de Nascimento da língua Portuguesa.

Camões perpassou mares revoltos e fleumáticos, desde o combate contra os Mouros ao ancoradouro da Língua Portuguesa em os Lusíadas. Suas fontes de inspiração para essa épica obra foram as obras clássicas, Odisseia, de Homero e Eneida, de Virgílio, grandes epope

ias que narram as conquistas do povo grego.

Imensuráveis foram os mares que Camões conquistou, e influenciando vários artífices da Língua Portuguesa com as ondas da Literatura, Artes plásticas, musicais, etc…

Destaco, dentre esse mar lusófono, nas ondas musicais, a canção Monte Castelo, na voz de Renato Russo, da banda Legião Urbana, música gravada no ano de 1989, em homenagem à magistralidade do Português:

Amor é fogo que arde sem se ver

Amor é fogo que arde sem se ver,

é ferida que dói, e não se sente;

é um contentamento descontente,

é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;

é um andar solitário entre a gente;

é nunca contentar-se de contente;

é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade ;

é servir a quem vence, o vencedor;

é ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor

nos corações humanos amizade,

se tão contrário a si é o mesmo amor.

A medicina também mergulhou nas Ondas Lusófonas, haja vista a composição literária do saudoso médico e historiador brasileiro, Pedro Nava, que inspirando-se em Camões, redige a Obra ” A medicina de Os Lusíadas com várias abordagens de relevância médica.

Pedro Nava chegou a participar no dia 10 de junho de 1961 da Conferência proferida pelo Real Gabinete Português de Literatura.

Inesgotáveis são os registros históricos que possam desbravar o legado lusófono de Camões, que influenciou diversificadas áreas do conhecimento e culturais. Nas composições camonianas encontra-se latente a sensibilidade humana. Ouso dizer que Camões foi não só o ” Pai da Língua Portuguesa”, como também o “Difusor da Sensibilidade Humana”.

Vejamos a sensibilidade pujante no Soneto Camoniano abaixo:

De Quantas Graças Tinha, A Natureza

De quantas graças tinha, a Natureza
fez um belo e riquíssimo tesouro;
e com rubis e rosas, neve e ouro,
Formou sublime e angélica beleza.

Pôs na boca os rubis, e na pureza
do belo rostro as rosas, por quem mouro;
no cabelo o valor do metal louro;
no peito a neve em que a alma tenho acesa.

Mas nos olhos mostrou quanto podia,
e fez deles um sol, onde se apura
a luz mais clara que a do claro dia.

Enfim, Senhora, em vossa compostura
ela a apurar chegou quanto sabia
de ouro, rosas, rubis, neve e luz pura

VEJA TAMBÉM:

  • A importância das Olimpíadas para os Gregos
    As olimpíadas antigas foram uma série de competições atléticas disputadas por atletas   das cidades- Estado que formavam a Grécia Antiga.
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    No corrente ano comemora-se os 5 séculos do nascimento do Épico Poeta Português, Luiz Vaz de Camões, que escreveu a magnífica obra-prima Literária: Os Lusíadas, considerada a Certidão de Nascimento da língua Portuguesa.
  • Quem vê, Senhora, claro e manifesto
    Quem vê, Senhora, claro e manifesto O lindo ser de vossos olhos belos Se não perder a vista só em vê-los, Já não paga o que deve a vosso gesto.

As poesias líricas de Camões caracterizam-se pela composição em medida velha( redondilhas) e medida nova(decassílabos).

A medida velha obedece a poesia de tradição popular, as redondilhas de 5 ou 7 sílabas( menor ou maior respectivamente).

As formas líricas compostas foram o soneto , as éclogas, as odes, as oitavas e as elegias).

Essa Grande Navegação Lusófona foi reconhecida por Portugal que instituiu através do Decreto Lei nº 80/77, de 4 de março, o Dia de Camões, comemorado em 10 de junho, data essa, que passa também a ser dedicada às comunidades portuguesas no estrangeiro sendo celebrado em Portugal e no estrangeiro.

Como vimos, temos muito a desbravar nesses 500 anos!

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