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O Aluno da Escola de Tábua.

Aluno da Escola

Sumário

O Aluno da Escola de Tábua.

Estamos no ano de 1978, quando um garoto franzino, de seis anos, adentra as dependências da então Escola Municipal Jardim Maria Terezinha, no Bairro do Jardim Planalto, na zona leste de São Paulo.

A memória ainda lembra deste dia, muito vagamente, era um mundo novo, não era mais o pré-Benjamin Constant, na Vila União, onde as brincadeiras no playground imperavam, inclusive usar a pequena caixa do registro d’água como o “caminhão da Swat”.

Era uma vida nova, pessoas novas, e logo de cara uma“ cartilha caminho suave” era aberta na lição do macaco, ma, me, mi, mo, mu…

Olha as paredes que por fora eram de tábuas amarelas pintadas, por dentro um tom esverdeado, com o chão de ripas corridas, carteiras e cadeiras.

Sim, realmente era um mundo novo que se abria diante dos meus olhos, por ali seriam longos 8 anos de amadurecimento, de conhecimento, de uma parte da vida que eu poderia imaginar chegar um dia a uma Academia Internacional de Letras.

Daquela turma, eu não sei quem“ se salvou”, ou quem teve bela carreira na vida, ou perdeu-se no caminho da rebeldia dos anos 80, entre a violência das ruas e o oferecimento das drogas.

Só sei que eu talvez tenha sido um privilegiado, alguém que, quando estava no céu, disse a Deus:

“ Deixe-me, por favor, passar pela fila do gosto literário”

Sou abençoado com professores maravilhosos, entre eles, Professora Marli de português e inglês que me apresentou um portuga franzino chamado Fernando Pessoa, ainda de quebra, trouxe a magia do Poema em Linha Reta para minha vida em um momento que talvez eu estivesse tão identificado com a poesia de Fernando Pessoa, que a simbiose do momento me fez estar aqui hoje.


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    Como deixar de homenagear, As nossas rainhas amadas, Mulheres veneradas, Mulheres apaixonadas. Que fazem tudo por seu amado, Que cuida da família, Que permanece de joelhos na homilia, Mãe de Cristo Crucificado.

Como Fernando também escreve através de meus heterônimos, eu, através de meus heterônimos, na fragmentação de minha alma, consigo ser apenas eu, em meu mundo.

Claro que outros professores influenciaram a minha vida, não há como renegar os ensinamentos da professora de Inglês Português Roseli, entre demais professores.

Meus heterônimos passeiam por diversos estilos literários, cada um contando a sua versão da história, ligados a um cordão umbilical de sentimentos, a sua fonte, a este que vos escreve.

O Menino da escola de Tabua do Armando de Sales Oliveira, de 1978 a 1986, que passou frio, fome, calor, sede, humilhações, hoje é Membro da ALALS – ACADÉMIE DES LETTRES ET ARTS LUSO-SUISSE.

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Wagner Planas