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Osório Duque-Estrada – Sua vida e obras

Osório Duque-Estrada

Osório Duque-Estrada – Sua vida e obras

Osório Duque-Estrada foi um dos mais importantes intelectuais brasileiros do início do século XX. Sua obra abrange a poesia, a crítica literária, o ensaio, a história e a diplomacia. Ele se destacou por sua erudição, seu patriotismo e sua defesa dos ideais republicanos e abolicionistas. Sua contribuição mais famosa foi a letra do Hino Nacional Brasileiro, que ele compôs em 1909 e que foi oficializada em 1922.

Biografia

Filho do Tenente-Coronel Luís de Azeredo Coutinho Duque-Estrada e de Mariana Delfim Duque-Estrada. Ele nasceu no dia 29 de abril de 1870, no município de Vassouras, que fica no Estado do Rio de Janeiro. Era afilhado do General Osório, marquês do Erval, herói da Guerra do Paraguai.

Estudou no colégios Almeida Martins e Meneses Vieira. E em 1882 ingressou no famoso Colégio Pedro II, onde se formou em Letras em 1888. E no mesmo ano, já publicou seu primeiro livro de poemas que se chama Alvéolos, que revelava sua sensibilidade e seu talento para a versificação.

Desde cedo, Osório Duque-Estrada se envolveu com as causas políticas e sociais de seu tempo. Em 1887, começou a colaborar na imprensa, escrevendo artigos em favor da abolição da escravatura, ao lado de José do Patrocínio. Em 1888, aderiu ao movimento republicano, participando do Centro Lopes Trovão e do Clube Tiradentes, onde foi segundo secretário.

Em 1889, mudou-se para São Paulo, onde se matriculou na Faculdade de Direito. Nesse período, trabalhou como redator do Diário Mercantil, onde publicou crônicas, contos e poemas. Em 1891, abandonou o curso de Direito para seguir a carreira diplomática, sendo nomeado segundo secretário de legação no Paraguai. No entanto, desistiu da diplomacia após um ano e retornou ao Brasil.

De 1893 a 1896, morou em Minas Gerais, onde foi redator do jornal Eco de Cataguases. Em seguida, voltou ao estado do Rio de Janeiro, onde ocupou diversos cargos públicos, como inspetor geral do ensino, bibliotecário do estado e professor de francês do Ginásio de Petrópolis. Em 1902, foi nomeado regente interino da cadeira de História Geral e do Brasil no Colégio Pedro II, mas deixou o magistério em 1905.

A partir de então, dedicou-se à atividade jornalística e literária, colaborando em vários periódicos, como Correio da Manhã, Jornal do Brasil, Imparcial, O País, entre outros. Criou a seção Registro Literário, onde analisava as obras e os autores nacionais e estrangeiros, com rigor e elegância. Foi um dos principais críticos literários de sua época, influenciando a formação de muitos escritores.

Em 1909, compôs a letra do Hino Nacional Brasileiro, em versos decassílabos, que se adaptavam perfeitamente à música de Francisco Manuel da Silva. Sua letra expressava o amor à pátria, a exaltação da natureza, a valorização da liberdade e a confiança no futuro. Em 1922, por ocasião do centenário da independência, sua letra foi oficializada pelo decreto do presidente Epitácio Pessoa.

Em 1915, foi eleito para a cadeira número 17 da Academia Brasileira de Letras, na sucessão de Sílvio Romero. Foi recebido pelo acadêmico Coelho Neto, em 1916. Na Academia, participou ativamente da vida cultural e literária do país, sendo um dos fundadores da Revista Brasileira, órgão oficial da instituição.

Osório Duque-Estrada faleceu no Rio de Janeiro, em 5 de fevereiro de 1927, aos 56 anos, vítima de uma pneumonia. Seu corpo foi sepultado no Cemitério São João Batista, e seu nome foi dado a uma rua na cidade do Rio de Janeiro.

ALJODE

No dia 29 de abril de 2006 (Aniversário de Duque-Estrada) um grupo de poetas e prosistas resolveram fundar a ALJODE (Academia de Letras Joaquim Osório Duque Estrada) com uma missão de contribuir para o interesse do desenvolvimento cultural, das atividades literárias e demais manifestações artísticas. Além de homenagear ao mais ilustre filho da terra, autor da letra do Hino Nacional Brasileiro.

Suas obras

A obra de Osório Duque-Estrada abrange diversos gêneros e temas, demonstrando sua vasta cultura e sua versatilidade. Além de poeta, foi crítico literário, ensaísta, historiador e diplomata. Suas principais obras são:

  • Alvéolos (1886): seu primeiro livro de poemas, de inspiração parnasiana, com temas como o amor, a natureza, a arte e a morte.
  • Flora de Maio (1902): seu segundo e último livro de poemas, que reúne toda a sua produção poética, incluindo a letra do Hino Nacional Brasileiro.
  • Abolição (1918): um esboço histórico sobre o processo de abolição da escravatura no Brasil, com prefácio de Rui Barbosa.
  • Crítica e Polêmica (1924): uma coletânea de seus artigos publicados na imprensa, onde analisa as obras e os autores de sua época, com destaque para Machado de Assis, Euclides da Cunha, Olavo Bilac, entre outros.

Mais importantes intelectuais brasileiros do início do século XX

Afirmo aqui, que, Osório Duque-Estrada foi um dos mais importantes intelectuais brasileiros do início do século XX. Sua obra revela sua erudição, seu patriotismo e sua defesa dos ideais republicanos e abolicionistas. Sua contribuição mais famosa foi a letra do Hino Nacional Brasileiro, que se tornou um símbolo da identidade nacional. Sua poesia, sua crítica literária, seu ensaio e sua história também merecem reconhecimento e admiração.

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